Ilhas Canárias, venga mi niño!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010



Em 2002 ou 2003, não lembro exatamente o ano, um amigo uruguaio para quem trabalhei como ajudante de obra no Havai durante uns tempos, me falou que as Ilhas Canárias eram o Havai Europeu. Na época achei piada, nunca tinha escutado falar deste arquipélago e, convenhamos, Havai só tem um!

Bueno, muitas ondas passaram desde aqueles dias, mas acredito que as palavras daquele brother mantiveram-se vivas na minha cabeça. Conforme planejado antes de sair de Florianópolis, depois de passar uns tempos em Portugal queria pegar ondas nas Ilhas Canárias ou no México, a escolha dependia da grana basicamente.

Durante a etapa do mundial de bodyboard em Sintra tive o prazer de conviver com Elmo Ramos (quem conhece o bodyboard brasileiro sabe QUEM É!). Ele disse o que eu precisava ouvir para decidir qual seria o destino depois das terras lusitanas.

No final de Setembro embarquei para a Ilha de Gran Canária sem muitas expectativas do que encontraria. Minhas referencias eram clipes de filmes gringos (com participações do Guilherme Tâmega) na onda chamada de Él Frontón e competições internacionais (destaque para Uri Valadão) nas ondas de Él Confital assistidas pela internet.Como nas terras do espírito aloha essa época marca o começo da temporada de ondas e, pelo pouco que vi, a maior semelhança entre estes pedaços de paraíso perdidos no meio de oceanos fica na qualidade de algumas ondas, na temperatura e transparência da água, no tempo quente e no crowd de alguns picos.

Ciceroneado e “pilhado” por Elmo, residente local, casado com uma nativa e pai de outra, aproveitei bastante as ondas do lado norte da Ilha. Foi bacana ter a companhia da Elúa (bodyboarder catarinense que termina seu mestrado em breve numa Universidade Canária), do português Zsolt Lorincs que, assim como eu, era marinheiro de primeira viagem de passagem por lá e de alguns locais, amigos do Elmo, entre eles Adrian Navarro, Adrian Toledo e Samuel. Durante os 15 dias que permaneci em Gran Canária entraram 2 ondulações, nenhuma gigante, porém com muita qualidade, boas formações e força! Ondas de alta performance e absurdamente alucinantes para a prática do bodyboard!

Pertencente a Espanha, as Ilhas tem no turismo, nas plantações de bananas (plátano) e tomates seus principais “produtos”. Devido a subsídios do governo o custo de vida é mais barato que Portugal (a gasolina custa € 0,89/L e em Portugal em torno de €1,39/L, por exemplo). Cristóvão Colombo passou pela 1ª vez por lá em meados de 1492, antes de chegar nas Américas e os primeiros investimentos espanhóis, fora a exploração habitual da época, foram em resorts para férias das famílias composses dos anos 1700/1800.

Voltando ao bodyboard, o nível dos praticantes locais é altíssimo (isso também remete ao Havai!). Conhecedores de suas ondas dão show em condições extremas, realmente enchem os olhos de quem gosta do esporte e praticam o localismo (opa, outra característica parecida!!!). Não é aconselhável uma visita em bandos e as leis de respeito dentro da água não lhe garantirão boas ondas, paciência e um pouco de go for it são necessários por lá!

Não conheço a Europa inteira para dizer que as Ilhas Canárias são o Havai Europeu, porém digo amarradão que é um lugar alucinante, com ondas de alto padrão e ótimas para quem busca a evolução técnica. Muchas Gracias a la família de Gran Canária, hasta luego e, como diz-se por lá ao despedir-se, VENGA MI NIÑO!

CRÉDITO DAS FOTOS: Elmo Ramos/Ride It

André contou com apoio da Truzz Wetsuits, Refresh Bodyboards e Padang SurfShop para esta viagem.









Imagens: Elmo Ramos
Postado por Eduardo Andrade

1 comentários:

Anônimo disse...

È ISSO AI MEU IRMÃO, DESENVOLVENDO MUITO E DIVULGANDO O BODYBOARDER BRASILEIRO

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